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Acessibilidade em Grandes Eventos: 

Homem branco com deficiencia física, esta em cadeira de rodas, em uma sala com pessoas ao redor
Acessibilidade em Grandes Eventos:
Por Que Incluir é Essencial?

Consultoria de acessibilidade para grandes eventos: 

uma ação afirmativa e aliada da pessoa com deficiência

Nos últimos anos, a inclusão de pessoas com deficiência em grandes eventos passou a ser uma pauta central no planejamento de empresas e organizadores, impulsionada pelo compromisso crescente com as agendas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I). A demanda por consultoria especializada em acessibilidade, que antes era vista como um diferencial, hoje se apresenta como uma necessidade imprescindível. Organizar um evento sem considerar as necessidades das pessoas com deficiência não é apenas arriscado para a imagem de marcas e artistas, mas também tem repercussões significativas na percepção pública, em tempos de redes sociais e fiscalização ativa por parte do público. O público não tem tolerado e nem medido palavras para mostrar indignação nas redes sociais, na imprensa de forma geral.

De acordo com o IBGE, o Brasil conta com 18,6 milhões de pessoas com deficiência, representando 8,9% da população (PNAD/2022). Essa parcela significativa da sociedade não pode mais ser negligenciada. A acessibilidade é fundamental para promover a participação plena dessas pessoas, além de beneficiar outros grupos, como idosos, pais com carrinhos de bebê e pessoas com mobilidade reduzida temporária. Investir em acessibilidade não apenas reforça o compromisso com a inclusão, como também agrega valor ao evento, mostrando uma intencionalidade clara em construir um espaço realmente inclusivo.

O Crescimento da Demanda por Consultoria de Acessibilidade

Na Talento Incluir, notamos um aumento de 150% na procura por consultoria voltada à acessibilidade em eventos. Esse crescimento é reflexo de uma mudança positiva, mas ainda há um longo caminho a percorrer. Do site oficial ao cardápio do evento, todos os detalhes devem estar acessíveis para atender tanto pessoas com deficiência quanto aqueles com mobilidade reduzida. O erro mais comum que identificamos é pensar na acessibilidade como uma ação corretiva de última hora, em vez de integrá-la desde o início do planejamento.

Um ponto crucial que reforçamos é a necessidade de consultar pessoas com deficiência no processo de criação de acessibilidade. Elas têm uma perspectiva única e vivenciam as limitações que as soluções mal implementadas podem gerar. Exemplo disso são rampas com inclinação inadequada ou banheiros acessíveis com lixeiras que só abrem com o pé — uma falha que inviabiliza o uso por pessoas com mobilidade reduzida.

Recentemente, em um grande evento, vimos um exemplo claro de como boas intenções podem resultar em más execuções. O evento contava com banheiros acessíveis, mas as portas de vidro transparentes, contrastando com as portas comuns dos outros banheiros, geraram constrangimento para os usuários. Em outra ocasião, em uma exposição de arte, as legendas em braile estavam posicionadas tão próximas ao chão que exigiam que as pessoas se ajoelhassem para lê-las — uma solução bem-intencionada, porém impraticável.

Esses casos ilustram o ciclo de exclusão: quando não há acessibilidade, as pessoas com deficiência deixam de participar. E, quando não participam, permanecem invisíveis, perpetuando a exclusão social.

Impactos para as Marcas e a Necessidade de Planejamento

Marcas que se comprometem a criar eventos acessíveis fortalecem sua reputação, demonstrando um compromisso genuíno com a diversidade e a inclusão. Isso reflete diretamente na percepção do público e nos resultados dos negócios. Para atender a essa demanda, é essencial abordar quatro dimensões de acessibilidade:

  • Arquitetônica: Rampas, palcos e banheiros acessíveis.
  • Digital: Sites e aplicativos com compatibilidade para leitores de tela e navegação adaptada.
  • Comunicacional: Intérpretes de Libras, audiodescrição e legendas.
  • Atitudinal: Treinamentos para equipes de atendimento, para que compreendam como interagir adequadamente com pessoas com deficiência.

A acessibilidade, portanto, não é apenas uma questão legal ou moral, mas uma ferramenta estratégica para garantir que todas as pessoas se sintam bem e incluídas nos eventos.

Nada Sobre Nós, Sem Nós

Por fim, vale reforçar o lema “Nada sobre nós, sem nós”, estabelecido pela Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Isso significa que toda iniciativa voltada para a inclusão de pessoas com deficiência deve incluir sua participação ativa no processo de tomada de decisões, garantindo que suas necessidades sejam realmente atendidas de maneira eficaz.

O aumento da demanda por acessibilidade em eventos é um sinal claro de que a sociedade está evoluindo, mas ainda há muito a ser feito para que eventos sejam verdadeiramente inclusivos. A consultoria especializada surge como uma aliada indispensável nesse processo, ajudando a construir espaços que acolham a diversidade e respeitem a dignidade de todas as pessoas.

Fazer da inclusão uma escolha é fundamental, por isso, a Talento Incluir está pronta para atendê-los na demanda por acessibilidade! 

Ciça Cordeiro, consultora em Acessibilidade e DE&I na Talento Incluir